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RELATO DE PARTO - MARIA CLARA E GUSTAVO 2

Vamos ao início... essa era minha segunda gestação planejada, a primeira filha havia sido parto domiciliar planejado tbm e dessa vez não existia hipótese de ser diferente kkk
Eu sempre fui "a louca do pré-natal", depois q minha filha nasceu, vimos q eu fiz 29 consultas em 40 semanas kkk 29, isso não é normal kkk.
Eu fazia com a equipe em casa, na clínica da família (pq eu gostava do atendimento e pr ter um acompanhamento paralelo com o de casa) e no hospital militar (meio q por obrigação mesmo, mas detestava, só a parte das ultras q gostava bastante).
Enfim... com 32s mais ou menos a minha filha, q até então eu não sabia q era filha, começou a ameaçar nascer antes da hora (assim como minha primeira filha), então tive q ficar um tempo em repouso por já estar com quase 3 de dilatação e ainda ser mt prematura. Com 35s nas consultas vimos q ela tava completamente lá embaixo e nem eu e nem a equipe acreditamos que fosse chegar às 37s, sendo assim, existia uma grande possibilidade de eu ter q ir pr o hospital quando a bolsa estourasse. O plano era ir para o Maria Amélia ou para o HCA (pq eu sabia q se meu bebê precisasse ir pr a UTINeo eu ficaria internada até a alta dele, então acabava me confortando não ter que ir embora e deixá-lo lá).
Enfim... repouso absoluto, ou como deu para fazer tendo uma bebê de 2 anos em casa. Semanas passaram, deixou de ser prematuro,  dei pulinhos de alegria, poderia nascer em ksa. Uhuuul.
O meu primeiro parto foi atípico, foi mt rápido,  dores só no expulsivo, equipe quase não chegou (só chegou uma das enfermeiras), fotógrafa chegou quando a cabeça já tava pra fora, contrações ritmadas em 3 em 3 min por semanas, tampão saindo desde mts semanas antes, então pr esse parto a expectativa era ser mais rápido ainda e não estávamos sabendo lidar com o fato de termos contrações ritmadas de 1 em 1 min por semanas e não engrenar e o tampão estar saindo a tempos tbm. Meu marido brincava q só faltava a bolsa não estourar para não sabermos msm qdo nossa bb viria kkk. Santa boca!
Enfim...
Qdo chegou na semana santa eu já tava "ah bebê,  deixa passar a Páscoa então para eu participar da missa de Sábado Santo" (pq era algo q pr mim era importante e como já tava mesmo no meio dessa semana, não custava esperar mais uns diazinhos kk).
Do outro lado tava meu marido rezando pr nosso bb nascer logo, pq ele trabalha viajando e iria viajar nessa semana após a Páscoa, inclusive na segunda feira (um dia antes do nascimento), ele não voltou pr ksa.
No sábado voltei a comer as 7 tâmaras, no domingo acordei mal, enjoada, até pensei q fosse engrenar, mas nada. O celular do meu marido pifou, e ele teimava q não compraria outro e em qualquer emergência eu ia conseguir falar com qualquer outra pessoa no trabalho dele que o avisaria, mas graças a Deus a mãe dele emprestou um celular antigo, porque eu tava prevendo que o plano dele não ia dar certo. A noite ele tava "eu vou perder o nascimento, eu não vou assistir, eu vou estar trabalhando, não tem jeito..." entao eu decidi q iriamos dançar, namorar, enfim tentar ajudar um pouco nosso bb a decidir nascer. Nossa dança no Just Dance foi a coisa mais engraçada do mundo, imaginem os pulinhos do "Gangstyle". Foi um momento muito descontraído com nossa primeira filha como se nos despedíssemos de sermos 3.
Nada aconteceu.
Na segunda ele foi pr o trabalho, eh fiquei em casa sozinha com minha filha e assim passamos o dia, nada fora do normal, só senti muita vontade de fazer o número 2 o dia td. Minha filha falava q o "imão" ia nascer. Aliás,  ela tava a dias sem dormir direito, não desgrudava d mim nem por um segundo.
A noite, lá pelas 23h30, minha filha decidiu q queria jantar de novo, eu tava com mt dor nas costas, olhei a caixa de Nuggets, meu culpei, mas falei "eh isso q vai ser hj". Minha mãe me ligou por vídeo nessa hra, viu eu fazendo umas caras feias (eu juro q tava super bem nessa hra) e decidiu q meu pai viria dormir na minha ksa pr qq coisa ele me ajudar.
Eu sempre recuso, mas dessa vez eu disse "ok, pode deixar ele vir".
Meu pai ja chegou falando "eu não sei fazer parto" e eu "q bom, pq quem faz o parto é o bb q ta nascendo e a mãe q tá parindo". Ele decidiu montar a piscina,  não sei pq, pq eu tava realmente bem. Brigou com a piscina,  desistiu dela, pediu pr eu montar, pq não tava conseguindo encher a parte do ar. Eu disse q não precisava encher, q não ia nascer nesse dia, pr ele ir descansar.
Eu dormia, a criatura (meu pai) me acordava perguntando se eu tava bem pedindo pr desligar a tv q Aurora (minha filha de 2 anos) tinha dormido, enfim... coisas aleatórias,  quase dei com o controle na cabeça dele. Kk Eu sou a pessoa mais chata do mundo quando sou acordada, graças a Deus, ao que tudo indica, Ester puxou a mim e a irmã e também gosta de passar a noite dormindo.
Em cada vez q eu acordava eu ia ao banheiro, tava mesmo com dor de barriga e por mais q eu saiba q é fisiológico e tals, isso era uma questão mt grande pra mim, morria de medo de fazer cocô no parto.
Ah... esqueci de falar, dia 6 eu fazia 40s por uma das contagens, por outra só dia 8, mas decidimos (ou melhor... eu decidi quando achava que ia nascer antes) no fim das contas deixar dia 6 mesmo.
Quando deu 5h44 eu fui ao banheiro novamente e senti uma vontade de fazer força q parecia ser na vagina, mas dooooor doooooooor mesmo não era.
A dor parecia diferente, mas era muito irrelevante ainda, na minha cabeça. Digitei msg pr equipe
e apaguei 500x, não sabia se devia perturbar td mundo atoa essa hora. Acabei decidindo
mandar msg, falei q não devia ser nd d+, provavelmente dor de barriga por conta da Páscoa e
dos ovos de chocolate que comi. Nivel de dor suportável. Eu disse q iria pr o chuveiro e a Carol
disse q era uma ótima ideia, para mandar notícias.
Ps: Para ficar mais fácil de entender, Gabi é minha melhor amiga e madrinha da minha bebê,  Gu é meu marido, Carol, Jemima e Isa minhas enfermeiras que estiveram comigo no meu parto e Rita minha fotógrafa, mas td mundo tava tão ligado a mim que parecia uma família. Essa foi só uma explicação mesmo, porque eu chamo todo mundo pelo nome ou apelido.
Avisei meu pai, pedi um chá, mas Aurora acordou nessa hora.
Tentei avisar ao Gu, mas não consegui, ele tava no trabalho com o celular desligado
e nenhuma outra pessoa do trabalho dele leu minhas msgs.
Obs: eu passei a madrugada, a cada vez que acordava, mandando mensagens para ele atualizando de tudo, mas sempre falando que talvez na madrugada de terça para quarta acontecesse algo.
Tentei avisar minha melhor amiga
Gabi que ia estar comigo no parto e tbm não completava a ligação. Parando para pensar, eu não sei o motivo de tentar avisar alguém,  na minha cabeça eu tinha certeza que não estava em trabalho de parto,  acho que só queria ter alguém que não me deixasse nervosa comigo.
Meu pai tava desesperado
surrando a porta da casa do meu sogro (é de frente para a minha) e meu sogro desesperado
avisando ao mundo que a bolsa tinha estourado (isso não era verdade) oq fez com que eu
ficasse mais desesperada tbm sem motivo nenhum.
Comecei a chorar num áudio q mandei pr equipe dizendo q a dor tava totalmente suportável, mas eu me sentia mt mal ali sozinha.
Nisso minha amiga leu a msg e disse q estava pegando o Uber e a equipe deduziu q eu nao
tava na minha sanidade mental tranquila, já q tava chorando e apareceram vários "estou indo",
incluindo a fotógrafa e realmente apareceram as 4 (Carol, Jemima, Isa e Rita) acho q nessa
ordem, ao menos foi a ordem que notei a presença delas. Gabi chegou logo dpois q eu havia conseguido colocar uma parte de cima do biquíni que
meu pai pegou pra mim (coitado, eu pedi pr procurar na minha gaveta de calcinhas, mas não disse qual era a gaveta num quarto com 15 delas kk).
Eu pensei se mandava mensagem para fotógrafa,  mas tava tão certa de que não era a hora que não mandei, mas em seguida vi que ela estava saindo de casa.
Eu tava já com minha playlist de fundo, Gabi zuou q da última vez eu coloquei pr tocar só qdo ia
nascer. Ela me ajudou a encher uma banheira dobrável que eu tenho que cabe a mim, mas uso
de piscininha para Aurora normalmente para nao ficar em pé o tempo todo.
Na banheira comecei a pensar "pra q falei das dores, não são nada, chamei td mundo atoa".
Carol chegou, eu lembro dela chorando. Ela chorava, eu chorava, eu sentindo falta do Gu, mas ao msm tempo feliz do meu
bb estar vindo (quer dizer... eu tinha minhas dúvidas ainda sobre realmente estar vindo), ela ali
comigo como se dissesse sem dizer uma palavra "vai dar td certo, vc é forte, vc vai conseguir, vc
não tá sozinha". Ela ouviu o coraçãozinho, choramos de novo. Ela ficou comigo o tempo inteiro,
se revezando com a Gabi, meu banheiro era pequeno. Nesse primeiro momento a Jemima e a
Isa estavam mais de longe, mas eu podia ver as sombras ajudando com a piscina e colocando o
incenso (tão cheiroso aliás) de fundo. Ninguém me falou, mas isso tem cara de ser coisa da Isa.
Não sei mais sobre horas, pareceram muito mais do que foi realmente, mas lembro de
esticar minhas perninhas, rir entre as contrações, vi q minha mãe (q smp foi contra o parto
domiciliar) estava lá, pq chamaram ela (chamaram vulgo meu pai), mas ficou tranquila, deu
maior força. Lembro de num momento de uma das músicas ter um choro de bebê e minha mãe
aparecer correndo no banheiro perguntando se nasceu e nós todos caírmos na gargalhada. Eu
lembro de quando vi a fotógrafa pela primeira vez falar para minha barriga "pode vir, meu amor,
seu papai vai pode assistir seu nascimento no vídeo depois" kk. Lembro de sentir vontade de
empurrar, mas ainda acreditando q não era a hora.
Eu expulsei meu pai, meu sogro, chamei minha filha, mas ela queria ver distante, apareceu no
nascimento, algumas vezes antes, mas não quis estar grudada em mim. Eu até chamava ela,
mas ela preferia ficar mais afastada e respeitei isso e td mundo respeitou q se ela me quisesse poderiam deixá-la comigo, mesmo talvez não concordando com minha opinião.
Ouvi minha tia que mora do lado da minha casa brincando com minha filha no prédio, descobri
que minha cachorra, que até o momento eu estranhava estar tão quieta, estava lá embaixo
brincando com elas.
Realmente, sozinha eu não estava. Kk
Perto do meu marido chegar, era por volta das 8h +/-, eu já tava certa de que ia mesmo nascer.
Antes eu apertava firme a banheira (que aliás desmontou no meio do processo kkk) e passava,
a essa altura eu tava apertando, arranhando sem querer, quase mordendo a Gabi, a Carol e
a minha mãe (essa numas poucas vezes, pq tentei poupá-la de algumas cenas). Coitadas, sofreram comigo. Se um dia vocês lerem isso, desculpa.
Eu já não sabia se a bolsa tinha ou não estourado, pq eu sentia umas fisgadas fortes la embaixo
que parecia que iria romper, mas como eu já estava na água, não conseguia identificar.
Lembra o chá q pedi 5h e pouca da manhã? Ele apareceu um tempo depois, depois comi
gelatina (eu pedi dizendo q estava com muita fome e realmente eu estava com uma fome
monstruosa que passou magicamente após dois potinhos de gelatina), tomei Gatorade, e
foi basicamente essa minha alimentação enquanto estava no banheiro, ou seja, 90% do meu
trabalho de parto.
Um momento Carol teve que ir embora, eu percebi que ela parou de ir até mim, ela ia sempre,
mas só tive certeza quando nasceu e me disseram que ela precisou mesmo ir, mas antes disso,
ela perguntou "e ai, sua última chance, é menina ou menino?" E eu respondi "menina".
Recapitulando... eu no começo tinha ctz q era menina, eu achava q seria estranho nascer e ver
um pintinho kk, mas ai comecei a sonhar mt com menino, numa ultra a médica começou a me
deixar desconfiada de ser menino mesmo eu implorando pr não contar, mas na última consulta
de pré natal no sábado antes, conversando com a Carol, ela me fez perceber q talvez eu smp
soubesse o sexo, só tenha procurado caminhos na minha cabeça pr aceitar caso fosse um
menino e eu comecei a concordar com isso.
Enfim... de volta ao parto...
Gu chegou, eu tava num momento "eu não aguento mais!", e ao mesmo tempo "graças a Deus que vocês está aqui, amo demais vocês ", "cadê esse gremnlin (meu marido) q não sobe?" ele demorou uma vida pr subir, ficou
lá embaixo no prédio com Aurora, dpois enrolou pr tomar banho, pq tava com roupa de rua né? E eu tava
naquela fase "isso, demora msm, tomara q nasça antes" kkkkkkkkkkk chega a ser engraçado.
Ensinei Gabi a fazer massagem nas costas, depois a Isa sugeriu q eu ficasse de 4 pr fzr mais
massagens e eu achei a ideia perfeita, aliviou mt. Nesse momento já não tinha praticamente
pausa, as pausas eram seguidas de forte dor na lombar.
Senti mt vontade de ir ao banheiro, mas sabia q ngm ia deixar a pessoa quase botando a criança
pra fora sentar no vaso (ao menos eu pensava isso, eu no lugar de qualquer um não me deixaria fazer isso), então eu tentava me controlar, tentava pensar q era vontade só pela
cabeça estar saindo (nessa hora eu já gritava).
Eu lembro de emitir uns grunhidos com a boca fechada por bastante tempo, mas quando ouvi a voz do Gu e da minha tia lá embaixo, parece q ouvi-lo fez triplicar a dor e eu já tava gritando com todas as cordas vocais. Kk
Fomos pr piscina, pq a água tava mais quentinha (antes disso ainda fiquei um tempo com a
Jemima e a Isa no banheiro, caramba, como a calma de todas elas só me olhando com aquela expressão doce me tranquilizavam) e na primeira força eu gritei q queria ir ao banheiro "isa, me ajuda,
me ajuda a ir ao banheiro, pelo amor de Deus". Por mais natural q fosse, as microbolinhas
q apareceram na água da piscina comigo nela em menos de 5 segundos me deixaram
completamente envergonhada. Eu sei, besteira. Enfim... fui pr o banheiro, meu marido decidiu
desfazer a banheira e ficou me atrapalhando a chegar no vaso eu briguei mt com ele, tadinho
"sai da minha frente, caramba, qdo vier a contração não quero q a criança caia la dentro, tenho q
estar bem longe do vaso". Enfim... fiz o q tinha q fzr, 30seg depois (pode ter sido mais ou menos, não sei ao certo) veio a contração, abri a porta e me joguei no chão.
Jemima me agarrou no chão, agachei na ponta do pé me apoiando completamente nela e senti um pouco do círculo de fogo. Foi a vez q mais doeu nesse começo. Dpois ficou mt pior, mas
nessa vez, senhor amado, como a falta de uma água é terrivel!
Eu só via a Jemima falando "tá td bem". Assim que parou a contração,  eu pedi pr ela me ajudar a voltar pr a piscina e de lá não
saí mais. Gu entrou comigo.
Vi Jemima e Isa de luva, lembrei do primeiro parto, pq eu percebi q pela Isa colocar a luva, o bb
iria nascer, mas depois elas tiraram e eu fiquei confusa (agora escrevendo o relato, meu marido
me falou q falou pr elas esconderem a luva de mim, pq tenho 'trauma' e iria sacar q já ia nascer
kk). Isa me ofereceu água para beber, todos continuaram esquentando a água e as minhas dores aumentaram.
Comecei a sentir a queimação do círculo de fogo e a vontade q eu tinha era de empurrar de volta
pra dentro se é que isso é possível. Parecia q eu tava sendo toda rasgada. Não pedi cesária nem nada do tipo, eu sabia que uma hora aquilo ia acabar, mas sabia que 1seg daquilo pareciam horas na minha cabeça. Gritei, gritei mt e na primeira ou segunda
contração saiu a cabeça. Senti algo gelatinoso, comecei a fazer carinho, ri q meu bb tava
chegando e falei "a bolsa não estourou, isso é a bolsa, não é? Meu bb vai nascer empelicado". Elas me responderam com um sorriso todo doce "aham, é a bolsa, vcs nao falaram tanto q a bolsa não ia estourar? Kk". Eu fiquei ali, morrendo de amores por minha filhinha, torcendo para demorar ainda para vir a próxima contração kk. Eu sentia a água da bolsa se mexendo e era uma sensação gostosa até, claro que quando a contração não vinha. Depois pareceu que meu bebê queria voltar pra dentro pela forma como se mexia, ou eu sentia mexer, e eu falei, ou pensei "volta, volta, já saiu, não pode mais entrar não, agora só pode terminar de sair" kk. Na contração seguinte, ou na depois da seguinte, não lembro
ao certo, minha filha Aurora assistia de longe no colo da avó atentamente, minha bebê saiu
toda, a bolsa estourou assim que ela saiu e eu fui a primeira a pegá-la.
Eu a aparei com a mão esquerda, com a direita segurei a bolsa, parecia um plástico transparente. Acabei não vendo ela dentro da bolsa, eu tava tão concentrada em empurrar minha filha que quando vi, ela tava na água.
Não tinha pretensão de olhar logo o sexo do meu bebê, mas como achei que minha mãe fosse
acabar falando antes de mim, decidi ver logo e falei "Minha filhaaaa, minha Ester, mamãe te
ama muito!". Ficamos ali anestesiados, sentindo seu cheirinho, abraçados dela, não parava de beijá-la.
Descobrir o sexo só no nascimento foi único, não sei explicar, foi uma sensação completamente diferente, não importava se seria a Ester ou o Óliver pelo sexo propriamente dito, eu já amava completamente aquele serzinho que cresceu por tantos meses dentro de mim sem nem saber quem seria. Não me importei com lacinhos, ou os frufrus, gravatinhas que usaria quando nascesse, ali era meu bebê,  meu filho, o que ele mais precisava estava ali, sua família, todo o resto estava em segundo plano. Não sei explicar, eu amei essa experiência.
Depois de um tempo a coloquei para mamar, ela já fazia boquinha de sucção e ela pegou de cara, não me machucou, foi uma bezerrinha igual Aurora.
Ficamos lá por mais um bom tempo, depois eu quis ir para minha cama, mas eu quis eu levar
minha filha. Isa ajudou a me deitar e ficamos ali naquele clima gostoso, muita ocitocina no ar
esperando a placenta sair. Senti bastante cólica nesse momento, mas quando ela saiu (eu quis ir
para banqueta, para ver se saía logo pela gravidade) parou.
Ainda na banqueta a Isa e a Jemima falaram que tinham quase ctz q não havia tido nenhuma
laceração, mas depois que todos saíram do quarto e elas me avaliaram, viram que era verdade. A Isa só viu se havia algum resto de placenta ainda dentro de mim, mas disse que mesmo a Ester sendo muito maior que Aurora, tendo
nascido dentro da bolsa, ainda assim eu não tive laceração nenhuma.
Minha filha ficou o tempo todo comigo, fizemos fotos da placenta, o papai cortou o cordão, eu
a vesti, Gabi fez o carimbo da placenta.
Isa ficou do meu lado enquanto eu tomava banho, lavava o cabelo, rimos de algumas coisas,
enfim, foi uma ótima manhã.
Todos almoçamos a lasanha que eu havia preparado e congelado há semanas para este dia. Meu marido havia lembrado de colocar um refri no congelador assim que chegou e eu fiquei surpresa.
Nesse tempo, minha primeira filha tava dormindo com o meu sogro e minha tia (ela apagou
depois que nasceu, como se só precisasse que a irmã nascesse para conseguir dormir
decentemente).
Esqueci de falar que coletamos o sangue da placenta para eu fazer o tipo sanguíneo dela (tenho kit em casa) para na consulta no dia seguinte tomar o Rhogan por eu ser  RH negativo caso Ester fosse positivo. Ela é O+, então no dia seguinte tomei essa injeção.
Nós decidimos dar a vitamina K, assim como também demos para Aurora, só q por estar em falta a versão líquida que já conhecíamos, demos a injeção enquanto ela mamava, mas muito tempo depois do nascimento.
Não teve nenhuma intervenção na minha filha, nenhuma em mim também, o máximo de diferente foi só a vitamina K.
Meu marido foi quem cortou o cordão umbilical, ele a pesou e fiquei surpresa dela ser tão mais gordinha que Aurora (eu a havia achado bem pequena, mas depois entendi que era por eu estar acostumada com a Aurora agora).
Já eram quase 1h da tarde quando todos foram embora, ao menos na minha cabeça, e minha filha nasceu 9h19 (é triste a despedida da equipe, mesmo ainda tendo as consultas de pós parto, são poucas, vou ter que ter outro kkk brincadeira, ou não).
Gu acabou conseguindo acordar Aurora, ela viu a irmã, pareceu estar com ciúme e logo pediu pr ir na casa da minha mãe, mas meia hora depois quando voltou, a reação foi completamente oposta, foi cheia de carinho abraçar,  beijar a irmã, qualquer barulhinho dela já vinha brigar comigo e com seu papai por não termos ainda pego ela no colo. Kk Fiquei aliviada.
Então foi isso, esse foi meu relato de parto. Não teve as visitas como da outra vez, pelo que estamos vivendo no mundo, quem já estava envolvido no parto viu minha filha de longe, Gu teve que controlar as pessoas no WhatsApp e avisar que não iríamos receber ninguém agora devido a tudo, mas a mãe dele veio dizendo que iria ajudar o que não ajudou na vez passada por ser contra o parto domiciliar.  Ela me incomodou um pouco, mas logo ficou tudo em paz novamente.
Sobre se doeu? Doeu, mas faria tudo de novo para ter minha princesinha comigo! 
 

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