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RELATO DE PARTO - IANA E LIZ

Nasceu a Liz em 29/11 com 39 semanas. VBAC1


Sou muito grata por ter conhecido a Fernanda Melino minha doula e o Fardo de Ternura e por ter experienciado um parto totalmente natural depois de uma cesariana sem nenhuma indicação do meu primeiro filho. Através de uma sugestão muito respeitosa da Fernanda do parto domiciliar, eu e meu marido fomos nos informar e optamos pelo parto domiciliar. Foi a decisão mais acertada que nós tomamos na gestação da Liz. Conhecemos as enfermeiras obstétricas da equipe de parto domiciliar Sifrá e a confiança foi muito grande no trabalho delas. Meu obstetra também me deu total apoio ao parto domiciliar o que me deu segurança para caso eu precisasse ir para o hospital, disse que me atenderia e isso foi fundamental pra completar a minha confiança. Eu estava muito certa de que ia conseguir parir em casa, fiz acupuntura pra baixar a ansiedade e usei muito o aplicativo Gentle Birth que tem meditação, hipnose e exercícios de mindfulness que foi ajudando a preparar a minha cabeça e o meu emocional para o momento do parto.

 

Comecei a sentir umas dores que descobri depois que eram prodomos uma semana antes da minha filha nascer. No dia 26/11 a noite perdi o tampão e fiquei bastante animada e as dores ainda eram bem irregulares. O tampão continuou saindo durante os dias seguintes e no dia 29/11 uma quinta feira, estava eu em casa com meu filho mais velho arrumando ele pra escola, e meu marido nesse dia ia vir cedo do trabalho ( sorte a nossa) e eu resolvi por volta de 11:58 tomar um banho e foi nessa hora que a bolsa rompeu. Comecei a rir, fiquei muito feliz que estava chegando o momento da minha princesa chegar, e na mesma hora liguei pro meu marido que já estava caminho de casa e mandei mensagem pra equipe do parto dizendo o que tinha acontecido. Sai do banho, logo em seguida meu marido chegou e ia levar o meu mais velho pra escola e me disse: vamos juntos, é bom vc andar um pouco! Eu me arrumei e fui com eles cronometrando no carro as contrações, e também nesse momento uma das Enfermeiras da equipe já estava a caminho da minha casa. Quando cheguei de volta em casa, fui almoçar, comi bem pouco, não estava com vontade de comer e logo depois a Jemima (uma das maravilhosas EOs da equipe) chegou tbm, fez uma asculta e viu que tava tudo bem e as contrações ainda irregulares. Mais tarde um pouco chegou a Samantha outra enfermeira da equipe pra assistir meu parto.


As dores foram piorando muito, fiquei na bola um pouco, recebi massagem na lombar da Jemima (que usou um óleo delicioso) e depois pedi que enchessem a piscina pra eu ver se aliviava um pouco as dores. Nossa! A piscina foi uma maravilha, aquela água quentinha estava maravilhosa e pensei não quero sair daqui nunca mais...rs. As dores eram muito fortes, a pior que já senti na vida. Foi então que percebi que eu não tinha chamado a Fernanda ainda, liguei pra ela que já estava prontinha me esperando chamar, fiquei tão pirada na dor que podia tê-la chamado bem antes e não chamei. Fiquei mais segura com a chegada dela. Não consegui comer nada durante o trabalho de parto, ela me dava água e Gatorade pq estava muito calor e eu suava muito. Teve um momento que ela, a Fernanda, me perguntou se eu queria ouvir alguma meditação do aplicativo Gentle Birth, pq pedi no plano de parto pra me lembrarem disso. Foi então que a Fê me deu o celular e escolhi a hipnose que fala de imagens para o puxo. Fiquei mais ou menos uns 40 minutos ouvindo e me entregando ao momento e tentando trabalhar minha respiração. Depois que acabou a hipnose por volta das 17:40 hs começou o trabalho de parto ativo. As dores eram foda e não davam intervalo direito, meu marido o tempo todo ao meu lado de suporte, ele foi simplesmente maravilhoso. E eu tentava pensar: é menos uma! Falta pouco! Mas era muito brabo e eu ainda falei pro meu marido tá muito difícil, é por isso que as mulheres pedem analgesia e ele me falou vc não quer intervenções e isso vai te empoderar.

 

Em nenhum momento eu levei toque, então eu não sabia como estava a dilatação, isso foi bom pq não bateu a ansiedade. E durante o trabalho de parto ativo eu fiquei um pouco de quatro na piscina e as dores vinham junto com vontade de fazer cocô e perguntei a elas é pra fazer força? E elas me disseram que era pra eu ouvir meu corpo, se me desse a vontade que era pra fazer. Depois eu sentei e foi que vi as meninas da equipe preparando todo o material, pegando luva, mantas e outras coisas que não lembro, foi então que pensei tá chegando a hora! Vinha aquela vontade de fazer força eu fiz algumas forças, gritei, e depois comecei a sentir arder e novamente falei tá ardendo! E a Fê falou é assim mesmo deixa arder que está
próximo. Eu queria muito que acabasse logo aquela dor e eu não pensei, foi no instinto, e quando veio a próxima contração fiz uma força bem grande e minha pequena nasceu, saiu igual a um jato, tão rápido que o papai não conseguiu segurar, foi a Jemima que pegou e me entregou a minha menininha linda. Foi uma emoção e gratidão tão grande por termos conseguido, eu e ela sem nenhuma intervenção, somente com a natureza do meu corpo.

 

Ela nasceu às 18:51 foi um trabalho de parto ativo super rápido e eu achei que demorou uma eternidade...hahaha. Tive uma hemorragia logo depois devido a laceração que rompeu um vaso sanguíneo, mas minha equipe estava super preparada e cuidou de mim em casa mesmo sem precisar ir ao hospital. Depois que ela nasceu pude escolher o que comer, deitar na minha cama enfim foi maravilhosa a experiência de poder parir no meu lar, faria tudo igual de novo. E outra coisa que resolvi em cima da hora e super recomendo foi a fotografia, a minha foi a fotógrafa Rita Melo que fez umas fotos lindas que fico olhando toda hora revivendo o momento.

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